A mídia tem feito cobertura maciça sobre a vacinação contra o Covid-19 no País, e São Gabriel da Cachoeira (AM), localizada na “Cabeça do Cachorro”, localizada a Noroeste do mapa brasileiro, tem sido citada várias vezes no noticiário. Um lugar pouco conhecido e localizado na Amazônia.
Pouco se sabia sobre essa cidade que abriga diversas etnias indígenas distribuídas em seu território, que já estão sendo imunizados, e assim traz a curiosidade de saber mais sobre o local. Essa pode ser uma boa oportunidade para despertar o desejo de conhecer São Gabriel da Cachoeira.
Pérola no meio da maior floresta do mundo, a cidade guarda a as belezas naturais, a exuberância da fauna e da flora amazônica e os mistérios das lendas dos pajés das comunidades indígenas ancestrais. E também um fato inédito na federação brasileira: a aprovação da Lei Municipal nº 145 de 22 de novembro de 2002.
Ao lado do português, essa lei municipal reconheceu três línguas oficiais no município: o nheengatu, o tucano e o baníua, os idiomas tradicionais falados pela maioria dos habitantes de São Gabriel da Cachoeira, cidade da qual 74% da população é indígena.
A cidade está localizada na fronteira com a Colômbia e Venezuela, no extremo Noroeste do Brasil. Foto: Amandasoriedem/Wikimedia
Com o Rio Negro passando pela cidade, sendo o principal caminho de acesso, os amantes do turismo de natureza vão se surpreender com praias de areia branca e mergulhos nesse rio tão importante. Os sabores regionais são únicos, exclusivos, diferentes, com frutas e pratos típicos, baseado na cultura indígena, e com ingredientes que não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo.
Mergulhar na floresta amazônica, lugar realmente encantado que atrai, ainda hoje, exploradores e caçadores de tesouros, que ainda acreditam ser esse território o “Eldorado perdido”. Mas eles nem imaginam que o maior tesouro dessa região está nos atrativos naturais e culturais, com um espetáculo de sons, cores, cheiros, numa canção ritmada que tem como cantores os pássaros, além da algazarra de macacos e a exuberância de árvores centenárias impossíveis de serem abraçadas por menos de dez pessoas.
Fruteira trançada com fibra de tucum pela Associação dos Artesãos Indígenas de São Gabriel da Cachoeira. Foto: Pinterest
Com tudo isso, São Gabriel da Cachoeira se torna um destino bem seguro para quem deseja uma viagem de experiência, isolada dos grandes centros, com 90% da população indígena (lembrando todos estão todos imunizados) e com atividades ao ar livre, certamente entrará para o ranking de opções do turismo nacional.
A tribo Yanomami que vive na região foi vacinada pelo Governo Federal contra o Covid-19. Foto: Obind