O Litoral Norte de São Paulo, famoso por suas belas praias e paisagens exuberantes, guarda também um rico patrimônio histórico e cultural que convida os visitantes a uma viagem no tempo. As cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, além de oferecerem contato com a natureza exuberante da Mata Atlântica, proporcionam uma imersão na história do Brasil, desde os vestígios da ocupação indígena até construções que marcaram o período colonial e a formação dos municípios.
Sambaquis, sítios arqueológicos, fortes, igrejas e casarões coloniais são alguns dos atrativos que compõem o destino, revelando a diversidade e a riqueza do passado da região.
Reconhecendo a importância de diversificar a oferta turística, o Circuito Litoral Norte de São Paulo, consórcio turístico formado por esses cinco municípios, vem promovendo roteiros que vão além do tradicional sol e praia, buscando explorar todo o potencial da região e atrair diferentes perfis de visitantes.
E, pensando nisso, listou abaixo 10 atrativos imperdíveis para quem quer conhecer mais sobre a cultura e história dessa região paulista. São opções para todos os tipos de turistas e que podem ser conferidas em qualquer época do ano, entre um mergulho e outro, entre um passeio de barco e uma trilha até um mirante. Descubra:
Bertioga oferece aos visitantes a oportunidade de explorar marcos históricos importantes do Brasil. O Forte de São João, que foi construído em palhiçada em 1532, queimado nas lutas com os indígenas, e reconstruído em alvenaria em 1547, é considerado a fortificação mais antiga do país e abriga um acervo com peças da época da colonização portuguesa e da cultura indígena. Tombado pelo IPHAN e candidato a Patrimônio Histórico Mundial pela UNESCO, o lugar proporciona uma imersão na história por meio de seus espaços e exposições.
Outro ponto de interesse é a Vila de Itatinga, fundada em 1910. Com arquitetura de influência inglesa, a vila abriga a primeira usina hidrelétrica do Brasil, que ainda hoje fornece energia ao Porto de Santos. Reaberta à visitação em 2024, após 12 anos fechada, a Vila proporciona um contato com o passado através de suas edificações históricas, como a igreja de Nossa Senhora da Conceição e o campo do Itatinga Atlético Clube. O acesso ao atrativo se dá por barco e bondinho, em um trajeto que inclui a beleza natural da Serra do Mar.
“Promover e fomentar o turismo histórico-cultural é essencial para Bertioga e também para toda a região, pois, além de preservar este rico patrimônio para as futuras gerações, gera desenvolvimento econômico e social para os municípios. Através da visitação a estes locais, promovemos a criação de empregos, o desenvolvimento de serviços e produtos turísticos, e incentivamos a pesquisa e a educação patrimonial. Acreditamos que o turismo histórico-cultural é um motor de transformação capaz de impulsionar o crescimento sustentável e fortalecer a identidade cultural do Litoral Norte de São Paulo", afirma o secretário de Turismo e Cultura de Bertioga, Ney Carlos da Rocha.
Em Caraguatatuba, os visitantes podem explorar o Centro Histórico, rico em construções que marcaram diferentes épocas, como o Santuário Diocesano de Santo Antônio de Caraguatatuba, com origens que remontam ao século XVII, e é um exemplo da arquitetura religiosa da cidade e integra a rota turística Passos dos Jesuítas – Anchieta.
E também o Chafariz da Praça Dr. Cândido Motta, construído em 1919. Tombado como patrimônio histórico municipal, o lugar representa um marco importante na história do saneamento básico da cidade, sendo o primeiro ponto a oferecer água encanada à população.
“O Turismo cultural é de extrema importância para todas as cidades da região, que são cidades antigas. Aqui em Caraguatatuba, além dos atrativos do centro histórico, temos também espaços culturais importantes, como o Museu Caiçara, que tem várias atrações durante todo o ano e o Teatro Mario Covas, considerado um dos melhores do estado de São Paulo, já tendo recebido eventos e artistas renomados”, comenta o secretário de Turismo de Caraguatatuba, Rodrigo Tavano.
Ilhabela preserva importantes marcos históricos, como a Fazenda Engenho D’Água, construída entre o final do século XVIII e início do XIX. Tombada pelo IPHAN, a fazenda abriga o Museu Afro de Ilhabela, inaugurado em maio de 2024. O museu apresenta um panorama da história e cultura afro-brasileira, com foco na contribuição dos afrodescendentes em Ilhabela e no Brasil, desde o período da escravidão até os dias atuais.
Outro local de interesse histórico é o Museu dos Naufrágios, situado no prédio da antiga Cadeia e Fórum, também tombado como patrimônio histórico. O espaço exibe peças recuperadas de naufrágios, com destaque para o Príncipe de Astúrias, além de painéis informativos e maquetes que retratam a história da navegação na região.
“A história de Ilhabela é riquíssima, a própria formação do povo caiçara inclui os colonizadores europeus, negros e indígenas. Do período colonial, herdamos traços na arquitetura, histórias de piratas e tesouros. Temos ainda os naufrágios, a grande maioria ocorridos nos séculos XVIII e XIX. Tudo isso proporciona aos turistas não só o privilégio de aproveitar nossas belas praias, mas também a oportunidade de estar em contato com a natureza e fazer uma imersão na cultura de Ilhabela. Uma verdadeira experiência de viagem no tempo!”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Turismo de Ilhabela, Harry Finger.
São Sebastião, por sua vez, preserva construções históricas que remontam ao passado colonial brasileiro. No Centro Histórico, destaca-se a Igreja Matriz, que teve sua primeira construção finalizada no século XVII, porém no século XIX passou por grande reformulação, que deu a ela as características atuais. Construída em pedra e cal, possui estilo arquitetônico comum do Brasil colonial.
Outro importante ponto de interesse histórico em São Sebastião é o Sítio Arqueológico de São Francisco. Localizado em meio à Mata Atlântica, o sítio abriga ruínas e vestígios de ocupações que datam de cerca de 200 anos, proporcionando aos visitantes uma imersão na história da região.
“A Prefeitura de São Sebastião segue fortalecendo o turismo cultural e histórico, principalmente quando marca presença nas feiras nacionais e internacionais de turismo, ao divulgar o destino e suas belezas. Temos diversos atrativos na cidade que envolvem a cultura caiçara e que impressionam os visitantes como a Reserva Indígena Rio Silveira, o Centro Histórico de São Sebastião, os casarões coloniais (séc. XVII a XX), os Museus da Enseada e do Bairro São Francisco, o espaço cultural Casa Severino Ferraz, o Sítio Arqueológico de São Francisco, entre outros espaços que enaltecem a cultura e a história sebastianense, preservando a rica herança cultural que carregamos”, reforça a secretária de Turismo de São Sebastião, Adriana Augusto Balbo.
Atenta a preservar edificações históricas que representam o passado da cidade e da região, Ubatuba conta com diversos monumentos histórico-culturais abertos à visitação. O Casarão do Porto, construído em 1846 por Manoel Baltazar da Cunha Fortes, é um exemplo da arquitetura do período colonial e hoje abriga exposições e atividades culturais. Tombado como patrimônio histórico municipal, o casarão é um importante ponto de visitação para quem deseja conhecer mais sobre a história local.
Outro atrativo que se destaca é a Igreja Matriz de Ubatuba, datada do século XVIII. Dedicada a Nossa Senhora da Conceição, a igreja também é um patrimônio tombado pelo município e representa um importante marco histórico e religioso para a comunidade local.
"Ubatuba é realmente um destino especial, com uma riqueza tanto natural quanto cultural. Suas mais de 100 praias, e o fato de ter cerca de 80% de Mata Atlântica preservada, fazem da cidade um refúgio para os amantes da natureza. Além disso, os monumentos históricos, como a Igreja Matriz e o Casarão do Porto, ajudam a contar a história local. As comunidades tradicionais, como as caiçaras, indígenas e quilombolas, também preservam costumes, danças, músicas e artesanatos típicos, mantendo vivas as manifestações culturais que tornam Ubatuba única", acrescenta o secretário de Turismo de Ubatuba, Bruno Nunes Miguel
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